segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Zezé indica o livro: Imaginação e Arte na infância



VYGOTSKY, L, Imaginação e Arte na infância
2009, Lisboa, Editora Relógio d'agua
ISBN: 9789896410452

Para Vigotsky (1986) a atividade do ser humano é o que condiciona sua capacidade de imaginação e também de criação artística. Assim, a partir da necessidade humana o homem desempenha determinadas atividades visando satisfaze-las. Durante o desempenhar dessas atividades vai estabelecendo contato com o mundo dos objetos e das relações sociais. Essa relação estabelecida é o que irá condicionar sua imaginação e por conseguinte sua criação artística.
Assim, Vigotsky (1986) pontua o quanto a imaginação provém da condição concreta e real de vida dos homens e aliás refuta a possibilidade de explicá-la pela via de compreensão da mesma como se fosse algo irreal, distante da realidade. Para o autor, o ser humano reproduz, mentalmente, aspectos retirados da realidade durante o processo imaginativo.
A reprodução, dentro do processo de imaginação, se dá tomando como base dois “estímulos” ou “impulsos”. Nesse sentido, um “estímulo” ou “impulso” seria aquele em que o homem, em sua atividade se apropria do meio circundante. Quando o homem se apropria do meio circundante, na verdade ele se apropria da cultura socialmente produzida pela humanidade e, essas informações serão conservadas no cérebro por meio da sua memória. Quando o homem “imagina” algo , ele recorre a essas informações, que vem por fim a se constituir em um “impulso” ou “estímulo” a capacidade de imaginar e também de criar algo “novo”. Por seu turno, o outro “estímulo” ou “impulso” que influenciaria a imaginação seria a combinação dessas informações no cérebro. Nessa combinação, o homem pode mesclar várias características dos objetos e das pessoas, contribuindo assim para o caráter fantasioso.
Por exemplo, é possível imaginar um cavalo que tem asas e voa, apesar dele não existir na realidade. Esse tipo de imaginação é um exemplo em que foi mesclado aspectos da realidade como o cavalo e o fato de voar, resultando em algo que apesar de irreal combina aspectos da realidade.
È por isso que, a imaginação provém substancialmente da condição real, concreta de existência do ser humano. Como tal, a imaginação vai se desenvolvendo gradualmente, a medida que o homem vai tendo contato com a realidade e vai desenvolvendo condições de melhor compreende-la. Decorre assim que a imaginação também incorpora o conhecimento que já fora produzido pela humanidade. Isso porque a cultura, os conhecimentos com os quais o homem estabelece contato e dos quais se apropria provém do desenvolvimento histórico-social porque passou o gênero humano. Assim, para esse autor, a imaginação nunca se cira no vazio, no nada,mas recorre sempre a experiência concreta.
Dessa maneira, a imaginação, que provém da realidade também influencia a criação artística da criança. É assim que a criança pequena incialmente projeta sua imaginação no desenho, passando depois, segundo seu período de desenvolvimento a projetá-la de outras maneiras como pinturas mais elaboras, os jogos e até o teatro.
Assim, a imaginação pode ser ampliada ou restrita e da mesma maneira a representação artísitca da criança. Tudo irá depender do que é disponibilizado à criança.
Comentário disponivel em:http://pt.shvoong.com/social-sciences/psychology/1822200-imagina%C3%A7%C3%A3o-arte-da-inf%C3%A2ncia/

Zezé indica o Livro: A Metodologia de Max Weber

RINGERS,Fritz K, A Metodologia de Max Weber: Unificação das ciências culturais e sociais
ISBN: 8531407982
Colecção: Ensaios da Cultura, 2004
EDUSP - SP

Titulo original: MAX WEBER'S METHODOLOGY: THE UNIFICATION OF THE CULTURAL AND SOCIAL SCIENCES

A Metodologia de Max Weber, livro originalmente publicado em 1997, Na "Introdução", Ringer apresenta a dupla ambição de sua empresa. Por um lado, na trilha aberta por Pierre Bourdieu, interessa ao autor situar Weber no campo intelectual alemão do início do século XX, atentando, assim, para a solução muito particular dada por este sociólogo às demandas de então. Por outro lado, e aí está a contribuição mais ousada do livro, preocupa-se em fazer da recuperação dessa originalidade um pretexto para repensar as metodologias hoje em voga nas ciências sociais e culturais. Weber aparece, então, como uma possibilidade bem-sucedida de união entre duas tendências analíticas geralmente tidas por incompatíveis: a interpretativista e a explicativa.
A primeira parte desta tarefa é realizada nos dois capítulos iniciais. Para tanto, em "Aspectos do Campo Intelectual de Weber", o autor apresenta as grandes tendências intelectuais ali vigentes na virada do século XIX. Uma delas, dominante no período, seria a tradição histórica alemã. Representada aqui por Ranke e Droysen, tal tendência defendia os princípios da empatia e da individualidade. Tratava-se, em linhas gerais, de uma visão interpretati-vista, concebida por oposição às tentativas de isolar causas e efeitos na história humana (as quais desconsiderariam aspectos irracionais da história, tais como o livre-arbítrio). Ao lado desta, associado aos efeitos da democratização da universidade e da industrialização alemã na década de 1880, surge, ainda, o fantasma de uma outra tendência, o positivismo. Ringer, mesmo admitindo a dificuldade em isolar grupos assim confessos, sugere o tímido desenvolvimento de perspectivas pouco ortodoxas. No livro, Wundt e Lamprecht aparecem como seus expoentes. Ambos teriam considerado a psicologia como a base das ciências sociais e, por conseguinte, derivado da psique humana as leis (causas e efeitos) do desenvolvimento histórico. Por fim, em meio a este ambiente dividido, o autor isola ainda um terceiro grupo: uma minoria criativa comprometida com a tradição interpretativista alemã (Dilthey, Simmel e Windelband), a qual também se prestava ao diálogo com as (e à refutação sistemática das) teorias explicativas.
Interessa a Ringer marcar como Weber não assumiu a defesa (passiva ou ativa) da perspectiva interpretativista dominante, e tampouco abraçou o positivismo. Mapear tal processo de diferenciação é a proposta do segundo capítulo, "A Adaptação de Rickert por Weber". Aqui, um discípulo de Windelband, Rickert, é quem fornece o parâmetro de comparação. Ringer procura mostrar como Weber o seguiu em alguns pontos: 1) repelindo a divisão das disciplinas científicas segundo seus objetos; e 2) elegendo como ponto de partida de suas ponderações o fato de a realidade ser um desdobramento extensiva e intensivamente infinito de objetos e acontecimentos. No entanto, o sociólogo não admitiu a divisão proposta por Rickert entre "ciências da lei" e "ciências da realidade", na qual a primeira se ocuparia de leis gerais, ao passo que a segunda, de uma individualidade característica. Tal dicotomia era para ele artificial, pois não levava em consideração: a) uma descrição coerente das relações causais singulares; b) a importância da interpretação de ações e crenças; c) os tipos ideais, com os quais as relações causais singulares teriam sua singularidade atestada e compreendida diante de padrões mais abstratos; e d) a necessidade da neutralidade axiológica do investigador, uma espécie de controle metodológico que "operava reconciliando a subjetividade na delimitação dos problemas de pesquisa com a objetividade dos resultados obtidos" (:59). Por fim, para não depender de um único interlocutor em sua argumentação, Ringer apresenta um apanhado das críticas de Weber a outros contemporâneos seus.
A particularidade desta solução e sua importância para o campo atual de debates são os temas do restante do livro. No capítulo seguinte, "A Análise Casual Singular", aponta-se para a superação em Weber da dicotomia particular/geral, por meio da investigação de probabilidades objetivas. Dialogando com o estatístico Johannes von Kries, ele comparou diferentes eventos, isolando conjuntos de condições iniciais e circunscrevendo as causas de eventuais alterações no curso dos mesmos. Ainda que isto não esgote toda a cadeia de relações causais em que os eventos estão imersos, permite, por raciocínios contrafactuais, separar as causas acidentais das adequadas para explicar as mudanças. Há ainda, ao final do capítulo, um balanço de como filósofos e cientistas sociais (Carl Hempel, Peter Winch, Alasdair MacIntyre, entre outros) vêm explorando esta mesma questão, relativa à análise causal singular desde a segunda metade do século XX, atentando para a semelhança entre tais conclusões e as de Weber.
O quarto capítulo, "Interpretação e Explicação", insiste no nexo necessário entre a explicação de ações e a compreensão interpretativa de suas causas. Para Weber, a progressão de uma ação em curso só é inteligível em termos motivacionais, nos objetivos (conscientes ou não) dos agentes. Para atingi-los, no entanto, o cientista precisa interpretar a racionalidade ali presente. Em termos metodológicos, Ringer enumera as seguintes decorrências: 1) o investigador deve iniciar seu trabalho imputando uma racionalidade a priori às ações estudadas, supondo assim que elas operam dentro de um código por ele conhecido; para então 2) precisar o ponto preciso em que a ação se desvia daquilo que o investigador entende como racional. Eis aí um princípio reflexivo, de controle da subjetividade, cuja forma mais elaborada na sociologia weberiana é o "tipo ideal". Trata-se, segundo Ringer, de um constructo puro de relações objetivamente prováveis e causalmente adequadas, à luz do conhecimento nomológico do investigador. Útil como artifício cognitivo, tal conceito permite um contraponto ideal às interconexões de fenômenos culturais concretos. Desta forma, o procedimento metodológico weberiano une, na fatura final da investigação, a interpretação e a explicação de causas relativas a uma situação particular.
Em "Objetividade e Neutralidade Axiológica", o próximo capítulo, Ringer sublinha como, para Weber, o olhar dire-cionado ao passado está inevitavelmente comprometido com os valores culturais do presente, o que se faz sentir tanto na escolha dos objetos de análise, como nas hipóteses iniciais. A objetividade, nos quadros da sociologia weberiana, implica a recusa da pura e simples validação destes pré-conceitos. No decorrer da pesquisa, os juízos do investigador têm necessariamente de ceder à interpretação das evidências empíricas, as quais, certamente, foram confeccionadas a partir de racionalidades outras. Ao fim do processo, há um ganho passível de ser traduzido como expansão dos horizontes intelectuais do investigador. Ringer frisa ainda como Weber, na condição de professor, incentivava os alunos a não comprometerem suas análises em decorrência de engajamentos políticos. Nenhum assunto pode, sob este ponto de vista, ser dado por encerrado, sendo a tarefa da ciência patrocinar o debate contínuo e garantir sua liber-dade. Mais uma vez, retomando os mesmos autores citados ao fim do terceiro capítulo, Ringer enfatiza a importância estratégica dessas questões, em suas formulações mais recentes.
No sexto e último capítulo, "Da Teoria à Prática", o autor se propõe a fazer um apanhado de tudo o que foi visto, ao analisar as relações entre a metodologia de Weber e sua prática científica. São aqui abordados escritos econômicos, relativos ao funcionamento e desenvolvimento do capitalismo — e, como conseqüência disso, o ponto culminante da discussão torna-se a retomada dos procedimentos metodológicos utilizados em A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. Ao fim deste capítulo, porém, Ringer tece uma autocrítica. Ele reconhece a insuficiência de sua abordagem no tocante ao problema colocado, qual seja: restringir a análise da proposta metodológica weberiana ao estudo de sua prática científica. Isto significa, pois, não dar atenção à importância do engajamento político do sociólogo, fundamental para compreender seu comprometimento intelectual.
Ainda que o livro tenha uma falta como esta — reconhecida, aliás, pelo autor —, há aqui uma contribuição importante sendo posta ao alcance do grande público brasileiro. Levando-se em consideração as mais recentes recuperações de questões e autores clássicos no campo intelectual, Ringer se destaca por sua lucidez. Estudo de competência histórica inquestionável, não se almeja com ele transformar Weber em um paradigma ou fonte de dogmas indispensáveis para o devir das ciências humanas. Antes, porém, busca-se aqui "alar-gar os nossos horizontes intelectuais" com a solução particular de um sociólogo alemão face aos inquietantes (e ainda atuais) problemas da ciência.
Por fim, é importante mencionar ao leitor que um trabalho mais recente de Ringer se propõe a preencher as lacunas aqui assinaladas. Irmão siamês do livro ora resenhado, trata-se do ainda não traduzido Max Weber. An intellectual biography. (The University of Chicago Press, 2004).
Rafael Faraco Benthien
Resumo disponivel em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-93132005000100012&script=sci_arttext&tlng=pt

Georg Simmel para todos



Georg Simmel 1858 — 1918

Foi um sociólogo alemão, Simmel foi um dos sociólogos que desenvolveu o que ficou conhecido como micro-sociologia, uma análise dos fenômenos no nível micro da sociedade. Foi um dos responsáveis por criar a Sociologia na Alemanha, juntamente com Max Weber e Karl Marx.
Um dos principais conceitos criado por Simmel é o de sociação.
Para Simmel a sociologia define seu objeto por processos de abstração, dispersando as existências individuais em um conceito próprio, como os seres humanos, vivem em constante interação uns com os outros, tal fato traz um novo modo de observação: o ponto de vista da produção social pelo qual entende-se que todas as formações, linguagens, religião, família etc, se reproduzem na relação entre os indivíduos.

"Georg Simmel foi um pensador peculiar. Da vida urbana, passando pelo amor, o dinheiro, a moda e a cultura, suas considerações atravessam um vasto campo de assuntos. Em comum entre eles, porém, há a questão a partir da qual se desenvolve a maior parte da sua obra"
Eliana Kuster

“(...) o fato que nós, como seres cognitivos, e dentro das possibilidades da própria cognição, podemos vir a conceber a idéia que o mundo pode não caber inteiramente nas formas de cognição, o fato que, mesmo de forma puramente problemática, nós possamos pensar em algo dado no mundo que nós simplesmente não podemos pensar — isto representa um movimento que alcança o além, não apenas de uma simples fronteira, mas do limite da mente em sua totalidade, um ato de transcendência que em si estabelece os limites da cognição, não importa se esses limites sejam atuais ou apenas possíveis”. (Simmel, 1971, p. 357).

"Só ao homem é dado associar e dissociar"(Simmel, 1993)

Deixo alguns links onde podem fazer downloads de artigos de Simmel

Estética e Sociologia, G. Simmel
http://www.4shared.com/get/15894064/f07eb998/Esttica_e_Sociologia__Georg_Simmel_.html
O Individuo e a Díade, G. Simmel
http://www.4shared.com/get/18645695/1f9d4a17/O_Indivduo_e_a_Dade__Georg_Simmel_.html
O Individuo e a liberdade, G. Simmel
http://www.4shared.com/file/23917103/3d44e4d9/O_Indivduo_e_a_Liberdade__Georg_Simmel_.html?s=1

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Guernica de Pablo Picasso em 3D


O Site oferece ao visitante o prazer de visualizar a obra Guernica (Pablo Picasso) em 3 dimensões.
O crédito de todo esse elaborado trabalho é de Lena Gieseke, Bacharel em Artes Gráficas, que através de puzzles conseguiu explorar a obra de arte com criatividade mostrando outras formas mas sem perder a essencia da obra original

http://www.lena-gieseke.com/guernica/movie.html

Candido Portinari para crianças

Uma sugestão muito interessante para pais e educadores


Candido Torquato Portinari (Brodowski, 29 de dezembro de 1903 — Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 1962) foi um pintor brasileiro. Portinari pintou quase cinco mil obras, de pequenos esboços a gigantescos murais. Foi o pintor brasileiro a alcançar maior projeção internacional.

O site conta a história de Portinari e suas obras de forma didática e muito bem elaborada

http://www.portinari.org.br/candinho/candinho/abertura.htm


Sugestão de outros sites relacionado ao Artista e Poeta, inclusive sobre o centenário de seu nascimento.
http://www.portinari.org.br/

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Zezé indica o livro: A Esfera Artística


A Esfera Artística: Marx, Weber, Bourdieu e a sociologia da arte
VIANA, Nildo
ISBN-13: 9788588840720. Edição: 1ª EDICAO - 2007. Numero de páginas: 128

Esta obra é indispensável para quem queira compreender as diversas determinações que envolvem as obras de artes na sociedade moderna. A proposta de Nildo Viana, tal como coloca modestamente, é o de “elaborar algumas teses que permitiriam o desenvolvimento de uma teoria da arte”. Para isso, parte das contribuições que Marx, Weber e Bourdieu ofereceram para a análise das questões estéticas, analisando-as criticamente, sem descartar a contribuição de outros pesquisadores. Além de discuti-los individualmente reserva posteriormente um capítulo para apontar diferenças e semelhanças na concepção de arte em Marx e Weber e ainda a contribuição de Bourdieu, que na sua visão, aprofunda “idéias esboçadas por Marx e Weber”. Finalmente, apresenta dez teses colocando e discutindo a relevância de cada uma e as quais, acreditamos serem, essenciais para a compreensão das diversas expressões artísticas existentes na atualidade. Esta é sem dúvida uma leitura instigante, esclarecedora e necessária para o conhecimento da arte moderna.
Edmilson Marques.
Historiador e Cientista Político.

Introdução

O nosso objetivo no presente trabalho é analisar a concepção de arte em Marx, Weber e Bourdieu e fazer uma breve comparação e análise crítica, para, por fim, estabelecer alguns apontamentos para a elaboração de uma teoria da arte na sociedade moderna.
Sem dúvida, reconstituir a concepção de arte de Marx e Weber é uma tarefa difícil, tendo em vista que estes autores não deixaram uma obra acabada sobre este tema. Bourdieu, ao contrário, produziu obras sobre esta temática e, assim, é mais fácil expor sua contribuição, inclusive por sofrer influência dos dois clássicos da sociologia.
Entretanto, apesar da dificuldade, consideramos possível reconstruir a concepção de arte de Marx e Weber. As lacunas, a nosso ver, podem ser superadas como complemento do método e da teoria da sociedade de cada um deles. O nosso objetivo, neste momento, é descobrir como Karl Marx e Max Weber, a partir de sua concepção de sociedade e História, abordaram o fenômeno artístico. Sem dúvida, nenhum dos dois autores apresentou um estudo exaustivo sobre este tema, mas deixaram escritos dos quais podemos extrair uma concepção de arte, principalmente acrescentando os elementos metodológicos presentes em cada um.
A concepção de arte em Bourdieu, de caráter mais acessível, tem muitas semelhanças com a concepção de Marx e Weber e, portanto, é importante analisar também sua contribuição e comparar suas teses com a dos dois predecessores, assim como observar em que pontos eles avança em relação aos dois clássicos da sociologia.
Por isso, pretendemos desenvolver este trabalho da seguinte forma. No primeiro e segundo capítulos, apresentaremos uma breve introdução à visão geral da sociedade em Marx e Weber, respectivamente, e depois analisaremos especificamente os seus escritos sobre arte, visando apresentar a concepção de arte em ambos.
Em Marx, o elemento fundamental será sua distinção entre modo de produção e formas de regularização das relações sociais, ou seja, as formas ideológicas, jurídicas e políticas, ou, simplesmente, “superestrutura”, pois é no espaço desta última em sua relação com o modo de produção que Marx desenvolverá a problemática da arte.
Na Contribuição à Crítica da Economia Política, Marx faz alguns apontamentos sobre a arte, enfocando principalmente a questão da perdurabilidade dela em épocas históricas posteriores ao seu surgimento. Muitos autores influenciados por Marx elegerão esta problemática como o elemento central da teoria marxista da arte, tal como Lukács, Vásquez, entre outros.
Se a arte está incluída na chamada superestrutura, então a teoria da sociedade de Marx é fundamental para explicar o fenômeno artístico, bem como sua teoria da História. Portanto, a concepção marxista da arte pode ser retirada dos escritos de Marx sobre a arte e de sua teoria geral da sociedade e da História. Além disso, julgamos importante a percepção de que, para Marx, as formas de regularização sob o capitalismo é algo que se complexifica e que está intimamente ligado ao processo de expansão da divisão social do trabalho.
Em Weber, o principal elemento de sua teoria, que pode contribuir com a compreensão do fenômeno artístico, é sua teoria da racionalização, tal como se vê em Fundamentos Racionais e Sociológicos da Música e O Sentido da “Neutralidade Axiológica” nas Ciências Sociais e Econômicas, sendo este último um escrito metodológico. Além disso, encontramos alguns apontamentos sobre estética em seus textos sobre religião. Como a grande problemática que perpassa a obra de Weber é a da racionalização e a do sentido da ação social, é possível encontrar em sua teoria da História e da sociedade, ao lado de sua metodologia, elementos importantes para entender sua concepção de arte, principalmente se levando em conta os escritos nos quais ele aborda diretamente tal questão.
No terceiro capítulo, faremos processo semelhante com o sociólogo Pierre Bourdieu, porém, como este deixou obras sistemáticas sobre a questão da arte, abordaremos mais sua concepção de campo artístico e faremos apenas uma breve discussão sobre sua teoria dos campos para ficar mais compreensivo sua sociologia da arte. Também realizaremos algumas observações críticas sobre sua concepção de arte.
Bourdieu demonstra forte influência tanto de Marx quanto de Weber e aborda a questão da arte a partir de sua “teoria dos campos”. Este sociólogo compreende a sociedade como sendo constituída por diversos campos que possuem leis gerais e particulares e são perpassados por disputas internas. Este é o caso do campo artístico, que Bourdieu analisa em seu processo de constituição e suas características básicas.
No quarto capítulo, faremos um balanço das contribuições, semelhanças e problemas na concepção de arte dos três pensadores. A partir da idéia de divisão social do trabalho, racionalização e especialização, encontramos pontos semelhantes entre os três autores, bem como algumas diferenças. Uma comparação entre estes três pensadores é extremamente útil para a elaboração de uma teoria da esfera artística.
Estas três concepções são contribuições importantes para compreender o fenômeno artístico moderno. Por isso, esboçaremos uma comparação entre a concepção de arte em Marx e Weber a partir da idéia de que existem semelhanças entre estes dois autores, embora existam, também, várias diferenças. A nosso ver, tal como colocaremos adiante, a idéia de divisão social do trabalho em Marx e a de racionalização em Weber são fundamentais para se realizar uma comparação entre ambos. Também incluiremos a concepção de Bourdieu de arte e veremos o que existe em comum entre estes três pensadores. Sem dúvida, a idéia de racionalização, de Weber, é bastante semelhante à teoria dos campos em Bourdieu, assim como também a concepção de Marx, que relaciona arte e divisão social do trabalho, tem pontos em comum com ambos os sociólogos.
No quinto e último capítulo, apresentaremos alguns elementos básicos para a formulação de uma visão da arte na sociedade moderna. Estes elementos básicos serão apresentados sob a forma de teses. Isto ocorre devido ao seu caráter ainda rudimentar, mas que já esboça uma determinada teoria da arte na sociedade moderna, inspirando-se em Marx, Weber e Bourdieu.
Neste sentido, será fundamental partir da conceituação de arte, bem como analisar o papel da arte na sociedade moderna, em seus múltiplos aspectos, desde o processo de constituição histórica até a elaboração de uma análise das relações sociais e instituições que estão na base da arte moderna, além de discutir questões como a da avaliação, interpretação e sua finalidade. Estes aspectos podem ser apreendidos de melhor forma a partir do conceito de esfera artística, tal como delinearemos no último capítulo desta obra.
Por fim, apresentaremos um esboço de síntese entre estas contribuições e a nossa modesta contribuição para a constituição de uma teoria da esfera artística, partindo destes autores e buscando lançar uma necessária discussão sobre a questão da arte na sociedade moderna, fundamental para a sociologia da arte e outras disciplinas que estudam o fenômeno artístico.
Nildo Viana, é bacharel em Ciências Sociais (UFG), especialista (UCB) e mestre em Filosofia (UFG), mestre e doutor em Sociologia (UnB), professor da Universidade Estadual de Goiás.

Bio Arte



A Bioarte é uma nova forma de arte, cujas obras são inspiradas na ciência e na biologia. É uma forma de arte ainda com pouca expressão mas em breve passe a despertar cada vez mais interesse e torne-se até a arte do século XXI.
Essa corrente artistica caracteriza-se por abordagens muito distintas, resultando em obras inspiradas pela ciência; pela biologia, especialmente pela genética; ou pelos mecanismos da vida (a forma como os seres vivos se organizam, desenvolvem, evoluem e adaptam ao ambiente).
Eduardo Kac é um dos artistas mais polêmicos da atualidade. Seu último trabalho, apresentado na Bienal de São Paulo, foi uma criação frankesteniana. Uma planta, com folhas que podem ser desenhadas antes que cresçam. O trabalho é manipulado com os genes do vegetal antes de plantar a semente na terra.
No entanto, sua obra mais conhecida foi criada em 2002, quando fez nascer em laboratório um coelho com pelos fluorescentes - passando assim do estágio de artista da representação de idéias para o da criação e manipulação da vida.

Intervenção urbana

Intervenção Urbana é o termo utilizado para designar os movimentos artísticos relacionados às intervenções visuais realizadas em espaços públicos. No início, um movimento underground que foi ganhando forma com o decorrer dos tempos e se estruturando. Mais do que marcos espaciais, a intervenção urbana estabelece marcas de corte. Particulariza lugares e, por decupagem, recria paisagens. Existem intervenções urbanas de vários portes, indo desde pequenas inserções através de adesivos (stickers) até grandes instalações artísticas.
Um artista representa bem esse movimento é brasileiro Eduardo Srur, conhecido por suas grandes intervenções artísticas, os seus trabalhos pode ser considerado por alguns provocação mas o que é certo é que coloca as pessoas a pensarem.
Eduardo Srur, diz que a cidade é o suporte de toda a sua criatividade.



"Para mim, o mais importante é a mensagem direta ao espectador, me incomoda a arte hermética. A função do artista é trazer a plasticidade com alguma reflexão, não somente a reflexão"
Para conhecer mais sobre o trabalho deste artista plástico visite o site http://www.eduardosrur.com.br/

Ciberarte















Imagine se pudéssemos estar dentro de uma obra de arte?
Poder tocar os objectos, sentir as texturas, ouvir os sons...Imagine uma obra que mais o chame atenção, vou dar um exemplo, a obra de Salvador Dali, o mais conhecido surrealista do mundo, observe a imagem.
Este quadro chama se A tentação de Santo António, foi pintada em 1946 e está no Musées Royaux des Beux, Bruxelas.
Me chama atenção, primeiro porque adoro elefante e sempre quis andar em um. Se eu pudesse andar de elefante no quadro do Dali? Imagino os elefantes a barrirem muito alto, podia escorregar em suas patas, daria asas, voaríamos, poderia imensas coisas.
A Ciberarte torna essa interacção possível, para tocar as pessoas. A informática trouxe muitas ferramentas que simplificou o modo das pessoas reagirem as obras de arte. Pode trabalhar todos os nossos sentidos, a associação de imagens e sons, as dimensões, a criatividade, a dança, os movimentos, a luz, a cor, a forma, fotografia, esculturaNão podemos dizer que a Ciberarte se observa, mas se sente! Deixo a sugestão de um pequeno vídeo e um site onde podemos ser Jack Pollock por alguns instantes.

http://www.youtube.com/watch?v=aNNC9aI4058&feature=related
http://www.jacksonpollock.org/

Sugestão de museus

Bom dia a todos, este é o meu primeiro post, queria deixar a todos os internautas, a sugestão de 3 museus para visitar:

Museu do Chiado
Antigo Museu Nacional de Arte Contemporânea, e com um belo projecto de arquitectura, a exposição de artes plásticas portuguesas de 1850 a 1950 inclui obras dos grandes expoentes do romantismo, do naturalismo, do modernismo, do neo-realismo, do surrealismo e do abstraccionismo.
Horário: terças-feiras, 14 às 18 horas; quarta a domingo, 10 às 18 (fecha nos feriados).
Museu do ChiadoRua Serpa Pinto, 41200 Lisboa Tel.: 213.432.148
http://www.museudochiado-ipmuseus.pt/

Museu Nacional de Arte Antiga
Pinturas e esculturas portuguesas e europeias dos séculos XII a XIX, incluindo algumas obras notáveis, como As Tentações de Santo Antão (1510), de Hieronymus Bosch, ou os chamados Painéis de São Vicente, de origem misteriosa.
A fabulosa colecção do museu inclui também cerâmica, têxteis, mobiliário e artes decorativas, e arte sacra desde a Idade Média ao Barroco.
Horário: terças-feiras, 14 às 18 horas; quarta a domingo, 10 às 18 (fecha nos feriados).
Rua Presidente Arriaga (Janelas Verdes)1300 LisboaTel.: (+351) 213.676.001
http://www.mnarteantiga-ipmuseus.pt/

Museu-Escola de Artes Decorativas Portuguesas
Colecções de ourivesaria, tecidos e louças, no ambiente de uma casa da aristocracia nos séculos XVII e XVIII.
As oficinas de restauro, a funcionar, também podem ser visitadas.
O museu faz parte da Fundação Ricardo Espírito Santo Silva.
Horário: terça a domingo, 10 às 17 horas (fecha nos feriados).
Largo das Portas do Sol, 21100 LisboaTel.: (+351) 218.814.600
http://www.fress.pt/