terça-feira, 3 de março de 2009

Xilogravura


Oswaldo Goeldi - A chuva


Edvard Munch. O Grito, 1895. Gravura. Munch Museum, Oslo, Noruega.

A técnica da xilogravura é extremamente antiga e de origens desconhecidas. Já pode ser visto indícios de sua utilização na Ásia, no século I, porém, a primeira documentação precisa de sua utilização é-nos dada pelo livro “Diamond Sutra”, impresso na China no ano de 868. Parece só ter chegado ao ocidente no final do século XIV. A sua técnica consiste em realizar impressão a partir de pedaços de madeira com desenhos em relevo.
O artista escolhia um bloco de madeira cuja superfície fosse lisa e plana. A partir daí, com uma faca, cravava-se em madeira o que deveria aparecer em branco no produto final, deixando saliente o que deveria aparecer em preto, num conjunto de arestas muito finas.
Para imprimir no papel a superfície da placa deveria ser coberta com tinta, (normalmente feita de óleo e fuligem), antes de comprimida contra o papel. O resultado final sai ao contrário da figura original.
Extremamente rudimentar, a xilogravura não tardou em popularizar-se na Europa do século XV: seu uso ia desde cartas de jogar, a estampas humorísticas vendidas em feiras populares. O alemão Dürer, no século XVI, foi um dos maiores mestres da xilogravura.
Entretanto, a partir de Dürer nenhum outro mestre conseguiu utilizá-la tão bem e a técnica foi progressivamente caindo em desuso. Somente voltou à tona, através do aprimoramento de seus instrumentos, no século XIX.
Pintores como Gauguin e Munch, que se utilizaram bastante da técnica, foram um dos responsáveis pelo seu renascimento e aceitação. Foi especialmente utilizada pelos expressionistas alemães, que viam nela um excelente meio para atingir seus objectivos.
Hoje em dia, ainda é considerada como uma das principais técnicas de artes gráficas.

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